COMO DESFORMATAR A ESCRITA ACADÉMICA?
Francesca Rayner, José Eduardo Silva, Tiago Porteiro
(em reunião)
Um dos maiores problemas com que são confrontados artistas inscritos em programas de Mestrado e de Doutoramento nas universidades tem a ver com as normas da escrita académica. Baseada na objetividade, na transferabilidade, e na racionalidade, esta forma de escrita tende a subvalorizar os afetos, a subjetividade e o contexto social e político da escrita associada ao trabalho artístico. No entanto, a entrada nas universidades de artistas-investigadores ao longo dos últimos dez anos levou também ao ensaio de formas alternativas de escrita. Uma destas formas é a escrita performativa que tem como objetivo reduzir a distância entre a escrita académica e a escrita criativa. Através de exemplos, reflexões teóricas e exercícios práticos, este seminário explorará as possibilidades da escrita performativa como forma de desafio e reconfiguração das normas da escrita académica.
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Criado em 2017, O Grupo de Investigação em Estudos Performativos (GIEP) da Universidade do Minho pretende refletir a diversidade da investigação nacional e internacional nesta área científica e contribuir para o seu desenvolvimento através de publicações, colóquios, ciclos de conferências, performances e exposições. O grupo integra investigadores mais experientes com várias publicações nesta área, jovens investigadores inseridos em programas de doutoramento e pós-doutoramento e artistas-investigadores que conciliam investigação e criação artística. Esta diversidade encoraja a partilha de experiências entre gerações de investigadores e entre investigadores universitárias e artistas. O grupo tem como objetivo principal contribuir para uma maior visibilidade dos Estudos Performativos e ao mesmo tempo divulgar os trabalhos desenvolvidos pelos seus membros em publicações e performances nacionais e internacionais.
+ info: Grupo de Investigação em Estudos Performativos | UNFINISHED
artwork © Jani Nummela